da gravidez a maternidade..

quinta-feira, 11 de junho de 2009

6 meses: amamentação exclusiva! CONSEGUIMOS!

Primeiro aperte o play e assista o vídeo, deixe a música rolar e aí sim comece a ler.



Filha,

fui seu alimento durante 15 meses. Para o seu corpo, doei de dentro de mim todos os nutrientes que existiam.

9 meses de umbigo a umbiguinho. 6 meses de peito.

Outros podiam lhe dar amor, carinho e cuidados. Só eu podia alimentá-la. Você não faz idéia do prazer, do orgulho, do poder que a maternidade me deu de presente.


Obrigada, filha.

42 semanas de gravidez + 6 horas de parto natural + 6 meses de amamentação exclusiva = uma mulher muito mais forte e corajosa.

Uma mulher, fêmea, parideira e mamífera. Um animal racional com muito orgulho.

Tenho ventre, tenho leite, tenho seios que matam a fome da barriga e de afeto de uma criança que dependeu exclusivamente de mim e eu pude estar ali, 180 dias, 4320 horas a sua disposição, olhar cada parte do seu corpo, enquanto crescia, engordava, aprendia...

Ah.. nem tudo são flores e poesia.


Ter os seios invadidos por uma enxurada de leite dói demais. Manobras e adaptações de como colocar um ser tão pequenininho debaixo das asas para ser alimentado é uma arte, colocar aquela micro-boquinha para abocanhar o seio certinho pra não machucar é um trabalho minucioso. Passar dias seminua, a jorrar e cheirar a leite é animalesco. De 3 em 3 horas, de 2 em 2, até chegarmos a livre demanda. e hoje, já esperta, você puxa minha blusa e abocanha sozinha o seu peitão. ou faz dele brinquedo entre os dedos ou entre os dentes, quer dizer, gengivas.

Apetrechos, bombas, conchas, absorventes, fraldas, bancos de leite, instruções, ser ordenhada, a criança só mama num peito, um peitinho e um peitão. paciência.

Mas, nada disso me importou. Pois, dessa fase lembro rindo, a graça que a gente é incapaz de ver quando está dentro da situação. Agora, distanciada, parece que nem comigo foi.

O que me tocou realmente e eu nunca mais vou esquecer é de você pendurada no meu peito. minha pequena mamífera, olhando fundo nos meus olhos ou dormindo profundamente.

Nos entendemos bem, a coisa toda no fundo é simples: eu ponho o seio para fora e você mama.

Nunca estudei tanto na minha vida, leite, fraldas, mil instruções. O equivalente a um mestrado, para ser mãe. Para tentar fazer o mais acertado para NÓS. Pois, não existe fórmula correta.

Enquanto eu amamentava você,
você alimentava meu coração.

A minha recompensa é vê-la em pleno desenvolvimento, crescendo, crescendo. Saudável. Sem uma cólica se quer, sem uma dor de barriga, ouvido. Uma menina segura, feliz.

Obrigada por fazer de mim uma máquina mamífera.

O QUE APRENDI E ESPERO QUE AJUDE OUTRAS MÃES MAMÍFERAS:

- a pega correta: esta foto foi retirada da internet, não é nossa. não achei a quem dar o crédito.

- não existe leite fraco (tenho uma leve suspeita que foi a Nestlè quem inventou essa frase)
- seu peito pode estar pequeno e ter leite.
- a maior parte do leite que o bebê toma, "desce" no momento em que ele está mamando.
- quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido.
- dar leite materno ou não, em mamadeira DESMAMA. Por isso, utilize copinhos de transição ou colherzinhas (e muita paciência) se por algum motivo não puder dar direto da fonte.
- se tiver muito leite e disposição: DOE SEU LEITE.
- LEITE MATERNO É O ALIMENTO MAIS COMPLETO PARA A CRIANÇA ATÉ 6 MESES.
- seja forte: recuse bravamente as ofertas de águas, chás, frutinhas, suquinhos, biscoitinhos. QUEM SABE O QUE É MELHOR PARA O SEU FILHO É VOCÊ.
- até os 2 anos a criança precisa dos nutrientes do leite em sua alimentação. SE FOR O SEU, MELHOR!
- dar O PEITO, É DAR A VIDA!




1 comentários:

{ * } disse...

Oiê!!!
Respondi seu tópico lá no orkut e vim aqui ver a sua princesa! Linda :)
Abraços para você,
Karenina
http://www.juliaontheway.blogspot.com/